domingo, 16 de junho de 2013

Consumo

CONSUMO

A época do hiperconsumo é a da dilatação extrema, da excrescência da esfera mercantil. Por isso, se os indivíduos são mais livres em sua vida privada, são também mais dependentes do mercado para a satisfação de seus desejos (P.58).




Consome-se em toda parte, em todo lugar e a todo o momento; nos hipermercados e nas galerias comerciais, nos cinemas, nas estações, nos aeroportos; nas horas habituais de funcionamento, mas também cada vez mais, no domingo, de noite, de madrugada; sendo servido por vendedores ou servindo-se sozinho, utilizando máquinas automáticas, encomendando pela internet. E as festas , antes religiosas , tornaram-se convites a fruição, uma espécie de orgias de consumo. Daí em diante, o essencial de nossas trocas tende a tornar-se relações mercantis, é a quase totalidade de nossa existência que se encontra colonizada pelas marcas e pelo mercado. (p.58).



LIPOVETSKY, Gilles. A Cultura Mundo: resposta a uma sociedade desorientada/ Gilles Lipovetsky e Jean Serroy; tradução Maria Lúcia Machado. – São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário